Analogias. Parece coisa simples, mas não é. Se há uma concordância de funções, enquanto homologia se centra nas estruturas concordantes, tudo bem. É que uma analogia se opera por unificação, por via da observação, simulação, estimulação ou antecipação, e envolve a intuição sensível, a memória e a imaginação. É um processo que supõe a intervenção de um enfraquecimento analítico, consciente e voluntário, que reduz as diferenças da passagem de um para outro fato. E é aí que mora o perigo.
Haveria analogia entre Cristo e Tiradentes? E entre os Inconfidentes e os contra-64? Onde estariam as deformações neste processo de reflexão? Onde estariam os condicionalismos involuntários, mesmo que se deixem de lado quaisquer resquícios de má-fé, para se atribuir a um fato as incidências de outro, meramente parecido, mas que não é, absolutamente, a mesma coisa. Quem lê as Cartas Chilenas de Gonzaga, ao tempo da pré-Inconfidência, tem, na sátira, uma nítida idéia da bagunça que o Fanfarrão Minésio andou aprontando. Qualquer semelhança com a confusão janguista soaria verdadeira, a partir do momento em que ambos os governantes iniciaram a cooptação dos militares, alguns dos quais não o aceitaram. Tratava-se, há 250 anos, de uma rebeldia contra o sistema colonial, por conta de um mau administrador falastrão, permitindo uma corrupção nunca vista antes na história pátria. Até a descrição fisionômica do cara dava medo: “Tem pesado semblante, a cor é baça, o corpo de estatura um tanto esbelta,feições compridas e olhadura feia; tem grossas sobrancelhas, testa curta...”
Haveria analogia entre Cristo e Tiradentes? E entre os Inconfidentes e os contra-64? Onde estariam as deformações neste processo de reflexão? Onde estariam os condicionalismos involuntários, mesmo que se deixem de lado quaisquer resquícios de má-fé, para se atribuir a um fato as incidências de outro, meramente parecido, mas que não é, absolutamente, a mesma coisa. Quem lê as Cartas Chilenas de Gonzaga, ao tempo da pré-Inconfidência, tem, na sátira, uma nítida idéia da bagunça que o Fanfarrão Minésio andou aprontando. Qualquer semelhança com a confusão janguista soaria verdadeira, a partir do momento em que ambos os governantes iniciaram a cooptação dos militares, alguns dos quais não o aceitaram. Tratava-se, há 250 anos, de uma rebeldia contra o sistema colonial, por conta de um mau administrador falastrão, permitindo uma corrupção nunca vista antes na história pátria. Até a descrição fisionômica do cara dava medo: “Tem pesado semblante, a cor é baça, o corpo de estatura um tanto esbelta,feições compridas e olhadura feia; tem grossas sobrancelhas, testa curta...”
Adoro analogias.Alguns a chamam de coincidências.Mas,diz os espiritualistas que coincidências não existem.Tudo faz parte da lei.Lei de causa e efeito.
Vamos voltar aos fatos atuais ,ao luxo real como pano de fundo. O poder, apurado no DNA. A idéia de República vai para o espaço naquele reino de fantasia, que, é importante socialmente, pelo menos para reduzir a zero, pela organização e confiança no sistema, qualquer possibilidade de surgir um novo Hitler, Mussolini, Stalin ou coisa parecida. É um ganho considerável em estabilidade, mesmo com todas as críticas e sátiras que se produzem diariamente.
5 comentários:
Que lindo Debby....bela reflexão!
Também atualizei!Vai lá...
beijo
Olá
Passei or aqui e fiquei encantada com seu blog.Parabéns!
Olá!
Quanto tempo heim?
Sabe, meu sogro é especialista nas cartas chilenas, vou perguntar prá ele sobre essa tese...
Da minha parte, acredito em ciclos, as histórias se repetem em épocas distintas e na minha vida vejo sempre vários exemplos de situações recorrentemente reencenadas, até que aprendo alguma coisa e passo para alguma nova cena, as vezes levo anos, rss
Abraços
Oi,Debby
Muito legal o tema.Como disse o Vavá,eu tb acredito em ciclos.Tenho percebido em minha vida algum fato que se repete de tempos em tempos.E,acredito que fatos das vidas passadas também se repetem para nosso aprendizado.
Parabéns!
Beijus
Postar um comentário